Nordeste é única das cinco regiões do país em que economia ainda não alcançou nível pré-pandemia

As economias das cinco regiões do país cresceram em 2021, refletindo, em especial, a recuperação do setor de serviços (mais afetado pela pandemia no ano anterior), informou o Banco Central nesta terça-feira (22) por meio do Boletim Regional.

De acordo com a instituição, entretanto, apenas no Nordeste o nível de atividade ficou aquém do observado em 2019 — quando se consideram os dados anuais.

"A despeito do avanço generalizado, resultados desiguais entre os setores e especificidades das estruturas produtivas locais levaram às distintas magnitudes de expansão regional", acrescentou o BC.


Região Nordeste

No Nordeste, avaliou o BC, o dinamismo da economia em 2021 se apoiou no setor de serviços, sobretudo aqueles prestados às famílias – destaque para alojamento e alimentação –, mas também transporte, educação e serviços financeiros e às empresas.

"Adicionalmente, mantendo trajetória observada em 2020, a evolução favorável da construção contribuiu para a atividade regional, com geração de 41 mil postos de trabalho no ano", informou.


Por outro lado, diz o BC no boletim regional, o comércio e a indústria – exceto produção e distribuição de eletricidade, gás e água – registraram "arrefecimento" (desaceleração) ao longo de 2021.

"O Nordeste também foi impactado pela interrupção (e posterior retorno) do auxílio emergencial às famílias no primeiro semestre", explicou o Banco Central.


A instituição afirmou que o Nordeste mostrou expansão, no segundo semestre, impulsionado pela volta da mobilidade e retomada das atividades de serviços, especialmente os associados ao turismo.

Ano de 2022

O BC avaliou, ainda, que o crescimento não somente do Nordeste, mas de todo o país, tende a beneficiado pelo desempenho da agropecuária e pela normalização da economia, que segue em curso, particularmente no setor de serviços e no mercado de trabalho.

"Em sentido oposto, atuam a elevação dos prêmios de risco [alta nos juros futuros], relacionada à incerteza acerca do futuro do arcabouço fiscal [dúvidas sobre gastos públicos em ano eleitoral], e o aperto mais intenso das condições financeiras [taxas bancárias em alta]", acrescentou o BC.


G1|Economia
Editorial, 23.FEVEREIRO.2022 | Postado em Mercado


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