Inadimplência aumenta na Bahia, aponta pesquisa; mais de 4,4 milhões têm dívidas no estado

O número de pessoas com contas atrasadas ultrapassa 4,4 milhões na Bahia, no início deste ano. Segundo dados do Serasa Experian, empresa de controle do sistema financeiro, durante o mês de dezembro do ano passado, a inadimplência no Brasil registrou a primeira queda após 11 meses em alta. No entanto, na Bahia o índice aumentou.

Ainda segundo a pesquisa, a população alega que o desemprego e as dívidas com cartão de crédito são os fatores que mais influenciam nessas dívidas. As principais dívidas são com bancos e cartões, seguidos de contas de luz e água e varejo.

Na Bahia, o valor total acumulado de dívidas passa dos R$ 15 bilhões. De acordo com a pesquisa encomendada pela Serasa, dos mais de 4 milhões de inadimplentes no estado, 1,2 milhão moram em Salvador.

Empreendedores também tiveram dificuldades por causa da pandemia. Alguns investiram e pediram crédito no banco, mas não conseguiram obter retorno financeiro e acabaram com o acúmulo de dívidas. É o caso do massoterapeuta Igor Teixeira.
 

"Cheguei a fazer um investimento de R$ 16 mil no meu estúdio e as parcelas foram ficando cada vez maior", afirmou o empreendedor.


De acordo com especialistas, o mês de dezembro pode ser utilizado para pagar de maneira total ou parcial as dívidas, mas por contar com festas como Natal e de Ano Novo, os consumidores acabam se endividando ainda mais.

"No mês de dezembro, apesar do décimo terceiro, tem as festas de final de ano que fazem com que os gastos aumentem" disse Camila Faiçal, gerente da SERASA.


Em Salvador, ao todo são mais de 620 mil famílias endividadas neste início de ano, mais de 300 mil com contas em atraso e mais de 100 mil sem condições de pagar as dívidas.

Endividamento no Brasil

Mesmo em queda leve nos indicadores do país, o desemprego ainda é considerado o principal motivo de endividamento, apontado por 29% dos entrevistados de todo o Brasil, pela pesquisa da Serasa realizada em dezembro de 2022. Na sequência, aparece a causa da redução na renda própria (12%).

O estudo indica que 11% dos pesquisados em todo o país revelam ter emprestado o nome para um amigo, conhecido, colega ou familiar e este nunca honrou com o compromisso financeiro assumido.

G1 | Bahia


Editorial, 06.FEVEREIRO.2023 | Postado em Mercado


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