Mercado financeiro eleva para 5,36% estimativa de inflação para 2023

Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação deste ano de 5,31% para 5,36%. Foi a quarta alta consecutiva do indicador.

A informação consta do relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central. Foram ouvidas mais de 100 instituições financeiras na semana passada sobre as projeções para a economia.
 
Quanto maior é a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam sem que o salário acompanhe esse crescimento.

Para este ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Para 2022, projeção de inflação do mercado financeiro permaneceu estável em 5,62% na semana passada.

A meta de inflação do ano passado, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%. O Banco Central vê chance grande de estouro da meta em 2022, assim como aconteceu no ano passado.

Produto Interno Bruto
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, o mercado financeiro reduziu sua previsão estável de 3,04% para 3,03%.
 
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.

Já para 2023, a previsão de crescimento recuou de 0,80% para 0,78%.

Ao sancionar a lei que prevê as diretrizes do orçamento de 2023, o governo informou que a previsão é o PIB crescer 2,5% no ano que vem.

Taxa de juros
O mercado financeiro manteve expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 12,25% ao ano para o fim de 2023.

Atualmente, a taxa Selic já está em 13,75% ao ano. O Copom também vem sinalizando de que os juros vão se manter altos por um período mais prolongado.
Com isso, o mercado financeiro segue estimando queda dos juros no ano que vem.

Outras estimativas
Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC:
  • Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2023 subiu de R$ 5,27 para R$ 5,28.
  • Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção recuou de US$ 58 bilhões para US$ 56,6 bilhões de superávit em 2023.
  • Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano permaneceu em US$ 80 bilhões de ingresso. 

Por Alexandro Martello, G1|Economia
Editorial, 09.JANEIRO.2023 | Postado em Mercado


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