Confiança dos serviços volta a subir após 4 quedas; comércio fica quase estável

A confiança do setor de serviços registrou alta em março, após quatro meses seguidos de quedas, para 92,2 pontos, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

“O avanço da confiança parece estar relacionado com a melhora da pandemia, em especial nos segmentos que dependem mais da circulação de pessoas", apontou Rodolpho Tobler, economista da instituição.

Ele ressaltou, no entanto, que ainda é preciso cautela sobre os próximos meses:

"o cenário macroeconômico negativo e a confiança baixa dos consumidores não permitem confirmar que essa alta seja a volta do caminho de recuperação observado no ano passado. Será preciso esperar por novos resultados favoráveis”, disse em nota.

No comércio, a confiança ficou praticamente estável em relação a fevereiro, passando de 87 para 86,8 pontos.

"Essa estabilidade foi resultado da combinação da expressiva alta do índice que mede o volume de demanda no momento presente e da intensa queda das expectativas em relação aos próximos meses. Nos dois sentidos é preciso cautela, dado que a alta do ISA-COM recupera apenas 31% das perdas acumuladas nos sete meses anteriores", apontou Tobler.

Serviços

Em março, o resultado positivo da confiança dos serviços foi influenciado tanto pela melhora das expectativas quanto pela percepção de aumento no volume de serviços prestados no momento.

O Índice de Situação Atual (ISA-S) avançou 4,3 pontos, para 90,9 pontos, a primeira alta deste ano, interrompendo quatro meses seguidos de queda. O Índice de Expectativas (IE-S) subiu 1,7 ponto, para 93,7 pontos, e também registrou a primeira alta do ano, após quatro quedas seguidas.

Comércio

No comércio, os comportamentos foram bastante distintos: enquanto a percepção sobre a situação atual teve alta significativa, passando de 78,1 para 87,6 pontos, as expectativas recuaram: de 96,4 pontos em fevereiro, o indicador caiu a 86,4 pontos este mês.
 

"O patamar da confiança continua baixo e ainda não é possível imaginar uma recuperação mais consistente nos próximos meses, dado o cenário macroeconômico negativo e a provável manutenção de níveis elevados de incerteza", apontou o pesquisador.

 
G1
 
Editorial, 30.MARÇO.2022 | Postado em Mercado


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