Como será o Open Banking no Brasil?

No dia 1 de fevereiro de 2021, o Banco Central deu início à implementação do Open Banking no Brasil. O sistema tem como objetivo oferecer mais opções para o consumidor e permitir que ele tenha mais liberdade para levar suas informações financeiras para onde quiser.

Abaixo, entenda o que isso significa. 

O que é Open Banking?

Na tradução literal, open banking significa “banco aberto”, ou “sistema bancário aberto”. Mas o que isso quer dizer, na prática?

Imagine todo o histórico de crédito que você construiu ao longo do tempo com um banco ou instituição financeira – as contas pagas em dia, os salários depositados, as prestações, empréstimos, perfil de gastos…

Hoje, se você quiser mudar de banco, essas informações ficam presas – uma instituição não passa esse histórico para a outra. Seu relacionamento precisa começar do zero, criando mais dificuldades para conseguir acesso a crédito e outros serviços, por exemplo.

Com o Open Banking, o cliente consegue pegar todas as suas informações e levá-las para onde quiser, sem ter que começar do zero com uma nova instituição.

Quais as vantagens do Open Banking?
Entre os benefícios do sistema, estão:
  • Mais liberdade e autonomia para os clientes: hoje, a burocracia interna das instituições é uma barreira enorme na hora de tentar mudar de banco. E quanto maior o tempo de relacionamento com uma instituição, mais informações ela tem a respeito do cliente. Ao migrar, pelo menos parte dessas informações se perde. Com o Open Banking, o cliente não fica preso a esse sistema.
  • Menos custos: o sistema é muito mais integrado, permitindo cortar intermediários e tornar processos mais rápidos e baratos.
  • Mais competição: o Open Banking reduz a barreira de entrada para novos serviços e produtos, criando um ambiente mais competitivo e com mais opções para o consumidor. Afinal, se fica mais fácil para uma pessoa trocar de banco, as instituições terão que trabalhar melhor para manter seus clientes satisfeitos.

Como vai funcionar o Open Banking no Brasil?

No Brasil, o cronograma de 2021 está dividido em 4 etapas, de acordo com o Banco Central.

Fase 1: A primeira fase teve início no dia 1/02. Nela, são abertos os dados das instituições participantes, seus canais de atendimento e os produtos e serviços que oferecem – como contas de depósito à vista, poupança, pagamento e operações de crédito. Essa 1ª fase não envolve o compartilhamento de dados de clientes. 

Fase 2:  Na segunda fase, que começa no dia 15/07, o cliente poderá compartilhar seus dados pessoais de cadastro, como nome completo, CPF/CNPJ, telefone, endereço e dados de transações relativas aos produtos e serviços de suas contas. Tudo isso acontece somente com a autorização da pessoa.

Fase 3: Na terceira fase, com início em 30/08, vai ser possível iniciar um pagamento fora do ambiente do banco via Pix. Clientes poderão ter acesso a serviços como pagamentos e propostas de crédito por um aplicativo de mensagem, por exemplo.

Fase 4: Na quarta fase, que terá início em 15/12, será possível o compartilhamento de outros dados de produtos e serviços, como informações relacionadas a operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência.

Ainda há um cronograma previsto para 2022, quando haverá a liberação gradual de outras funcionalidades. Confira as datas:

15 de fevereiro de 2022
Compartilhamento de serviços e transferências entre contas do mesmo banco e TED

30 de março de 2022
Compartilhamento do envio de propostas de operações de crédito a clientes que aderirem ao open banking

31 de maio de 2022
Compartilhamento de dados de clientes sobre demais operações financeiras, como câmbio, investimentos, previdência e seguros

30 de junho de 2022
Compartilhamento de serviços de pagamento por boleto

30 de setembro de 2022
Compartilhamento de serviços de débito em conta

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Editorial, 08.JULHO.2021 | Postado em Mercado


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