Inadimplência no varejo recua 6% em outubro ante setembro, aponta levantamento

A inadimplência do crediário no varejo de moda registrou um recuo de 6,66% em outubro, em relação ao mês de setembro. O levantamento realizado pelo Índice Meu Crediário, pesquisa mensal que mede os níveis de inadimplência em cerca de 200 redes varejistas do país, revela que 7,18% das parcelas do crediário dos entrevistados estavam atrasadas entre 61 e 90 dias no encerramento do mês de outubro, enquanto o indicador era de 7,66% em setembro. Dentro do setor, o crediário hoje representa em média 40% do faturamento dos lojistas.
 
Na comparação anual houve um aumento de 31,41%, uma vez que o índice ficou em 4,93% em outubro de 2020. A pesquisa possui um nível de confiança de 95%. Vale ressaltar que o índice de inadimplência de outubro de 2021 refere-se às compras realizadas pelos consumidores em julho e que estão atrasadas entre 61 e 90 dias. Após esse período, o cliente já é considerado inadimplente pelos órgãos de proteção de crédito.
 
Segundo Jeison Schneider, presidente do Meu Crediário, o ano de 2020 foi bastante atípico, o que torna as análises comparativas e de tendências do setor até mais difíceis de serem realizadas. “O mês de outubro foi o mês de melhor liquidez de 2020, o que levou a inadimplência para a menor baixa do ano (4,93%). Isso não ocorreu em outubro de 2019, quando a taxa estava em 6,49%. Se compararmos com outubro deste ano (7,18%), o índice já apresenta tendência de alta em relação a 2019, um cenário que já havíamos comentado no passado e se consolida agora”.
 

“Com a inflação em alta, muitos consumidores com histórico de bons pagadores, passaram a atrasar parcelas. Isso ocorreu porque eles optaram por manter em dias as contas prioritárias e postergar o pagamento das despesas não essenciais. Diante desse cenário, é importante que as lojas neste momento ajustem a régua de concessão de crédito e intensifiquem as ações de cobrança. Vale também antecipar as campanhas de negociações de dívidas para aproveitar o 13º salário desses clientes”, complementa.

 
 
Valor Investe
Editorial, 29.NOVEMBRO.2021 | Postado em Mercado


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