IBGE muda base de dados, e país registra alta no número de empresas em 2019, após cinco anos de queda

Depois de cinco anos de saldo negativo, o Brasil voltou a registrar saldo positivo na abertura de empresas em 2019, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ao longo do ano, foram 947 mil empresas abertas, e 656,4 mil fechadas, resultando em um saldo de 290,9 mil, o maior da série histórica divulgada pelo instituto.


O IBGE ressalta, no entanto, que parte deste saldo positivo pode estar relacionado ao fato de que, em 2019, a pesquisa, que tem como base o Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), passou a incorporar também as informações do eSocial, num processo de substituição gradativa dos dados da RAIS.

A pesquisa mostra que o maior saldo de empresas foi registrado nas Atividades profissionais científicas e técnicas (61.388 empresas) e de Saúde humana e serviços sociais (44.294 empresas).As 4,7 milhões de empresas ativas em 2019 tinham 5,2 milhões de unidades locais, das quais 50,5% estavam localizadas no Sudeste.

Sobrevivência das empresas
Do total de empresas ativas em 2019, 79,8% (3,7 milhões) eram sobreviventes e 20,2% (ou 947,3 mil) eram entrantes (que ingressaram em 2019 na lista de empresas ativas). A taxa de sobrevivência foi menor que a registrada em 2018, de 84,1%.

A taxa de sobrevivência variou de acordo com o porte das empresas. Entre 2014 e 2019, as empresas que nasceram sem pessoal ocupado assalariado tiveram uma taxa de sobrevivência de 32,1%; as empresas com um a nove pessoas assalariadas tiveram taxa de 49,1% e aquelas com dez ou mais pessoas assalariadas alcançaram 64,5%.

A pesquisa mostra ainda que, entre as unidades locais nascidas em 2009, apenas 22,9% seguiam ativas dez anos depois. Em 2014, após cinco anos do nascimento, menos da metade (41,6%) havia sobrevivido.

Empreendedorismo
Em 2019, o número de empresas de alto crescimento chegou a 25.011, com aumento de 10% frente a 2018. Essas empresas de alto crescimento representaram 1,1% das empresas com pessoal assalariado e 5,4% das empresas com dez ou mais pessoas ocupadas do país.

Essas empresas ocuparam 3,3 milhões de pessoas assalariadas e pagaram R$ 94,6 bilhões em salários e outras remunerações, com um salário médio mensal de 2,5 salários mínimos.
Entre as empresas ativas com pessoal ocupado assalariado, apenas 1,1% eram de alto crescimento, embora fossem responsáveis por 9,9% de todo o pessoal assalariado.

A pesquisa mostra que o ritmo de expansão do número de empresas de alto crescimento se manteve: em 2018, o crescimento foi de 11,9% e, em 2019, o aumento foi de 10,0%, totalizando 25.011 empresas. Elas empregaram 3,3 milhões de pessoas e pagaram R$ 94,6 bilhões em salários e outras remunerações, com um salário médio mensal de 2,5 salários mínimos.
 
G1
 
Editorial, 29.OUTUBRO.2021 | Postado em Mercado


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