Pesquisa mostra que 40% dos brasileiros começaram 2021 menos endividados.

Uma pesquisa com 1.500 pessoas realizada pela empresa de renegociação de dívidas, Acordo Certo, constatou que 40% dos respondentes começou o ano de 2021 menos endividados do que estavam em 2020. Outros 28% relataram o contrário, ter iniciado o ano numa situação ainda pior que no período anterior. Para 32%, o volume de dívidas ficou inalterado, estável.

A Acordo Certo serve como plataforma de negociação de dívida entre consumidores e empresas. Portanto, o número de pessoas com alguma dívida é grande entre seus usuários. No levantamento, 87% deles disse ter pelo menos uma dívida pendente no início deste ano.

“A pesquisa aponta nitidamente uma melhora no controle de gastos dos consumidores, ainda assim, a maioria (64%) não conseguiu regularizar todos os pagamentos. Em um cenário de desemprego, somado ao fim do auxílio emergencial, os brasileiros precisarão continuar fazendo um grande esforço para poupar e cobrir os gastos que não param de chegar, um desafio e tanto para as poucas perspectivas de melhora econômica”, diz, em nota ao Valor Investe, o executivo da Acordo Certo, Thales Becker.

Apesar do cenário adverso, de uma pandemia que parece se agravar quando menos se espera, alto desemprego e restrição de ajudas governamentais como auxílio emergencial, muitas pessoas estão otimistas para 2021.

Para 51% dos entrevistados, este ano trará alguma melhora na situação financeira e, para 47%, haverá mais facilidade para pagar dívidas. Em contrapartida, 42% enxergam uma piora na economia brasileira para este ano.

Olhando para 2021, os desafios para manter as contas em dia continuam os mesmos, onde 56% dos entrevistados se queixam da dificuldade de guardar dinheiro, o velho "fazer sobrar" e 50% expressam que é complicado fazer um planejamento financeiro.

A maior fatia dos brasileiros (68%) relata ter perdido renda em 2020 e, para 49%, os gastos familiares aumentaram em vez de diminuir. O resultado que 60% das pessoas atrasaram o pagamento de suas contas. Entre as contas vencidas estão:
  • negociações de dívidas (44%)
  • cartão de crédito (44%)
  • contas de luz (37%)
  • parcelamento de lojas (31%)
  • contas de telefone (29%)
  • contas de água (24%) 
Valor Investe
Editorial, 13.MARÇO.2021 | Postado em Mercado


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